julho 13 2020 0Comentário

Juros baixos impedem tombo do mercado imobiliário na pandemia

O mercado imobiliário caminhou na contramão dos outros setores da economia durante a pandemia do novo coronavírus, com a combinação entre juros no menor nível da história, estabilidade da inflação e o pacote de estímulos do governo. Entre os indicadores que confirmam o bom desempenho do segmento aparece a alta superior a 8,23% no volume de crédito imobiliário concedido em maio, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os financiamentos com recursos da poupança totalizaram R$ 7,13 bilhões no período, segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), mesmo em meio à pandemia.

O presidente da Abrainc, Luiz Antonio França, avalia que os juros baixos tornam os imóveis uma boa alternativa de investimento para os compradores. “Sem oportunidades de investimentos com retorno alto, o consumidor investe o dinheiro em um imóvel, pode morar no local e ainda contar com uma valorização”, analisa ele, que aponta para uma valorização dos imóveis superior ao CDI nos últimos 10 anos em São Paulo. O número de unidades vendidas totalizou 29.202, volume 6,7% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, segundo a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), no trimestre finalizado em abril.

Para França, o indicador foi puxado principalmente pelo segmento de baixa renda devido ao alto déficit habitacional que aflige essa camada da população. Além dos juros mais atrativos, França aponta que também ajudaram o setor os pacotes de medidas anunciados pela Caixa Econômica Federal e as recentes taxas de inflação negativas.

As medidas de fortalecimento do setor fizeram com que apenas 0,7% das obras estivessem paralisadas em função da crise na última semana de junho, de acordo com a Caixa.

O coordenador do índice FipeZap, Eduardo Zylberstajn, considera o cenário atual como um “combustível” para o aumento da demanda pelos imóveis. “Para as famílias que antes encontravam alguma dificuldade, o financiamento ficou mais barato e o crédito mais viável”, explica ele.

Ao comentar a respeito do futuro dos preços dos imóveis residenciais, que apresentou alta real de 1% no primeiro semestre, o coordenador do FipeZap aponta que vários fatores vão influenciar a variação do valor médio do metro quadrado nos próximos meses.

 

Fonte: Portal R7

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