O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) divulgou nesta quinta-feira, 25, o Índice de Confiança da Construção (ICST). De acordo com o levantamento, a confiança no setor subiu 9,1 pontos em junho, alcançando 77,1 pontos. O indicador marca a recuperação de 43% das perdas desde o início da pandemia.
Isso significa que o cenário para a construção em junho se tornou menos desolador, de acordo com a coordenadora de Projetos da Construção da FGV Ibre, Ana Maria Castelo. No entanto, ainda não simboliza que essa atividade esteja recuperada. Já o Indicador de Situação Atual (ISA-CST) também subiu 4,7 pontos e chegou à marca de 71,5 pontos, após três meses consecutivos de baixa.
Para a FGV, o avanço ocorreu por conta da melhora da percepção dos empresários em relação à situação atual. O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 13,5 pontos e chegou em 83,2 pontos. No entanto, Castelo destaca que o cenário ainda é muito difícil. “A insuficiência de demanda é a maior limitação à melhoria dos negócios em todos os segmentos do setor. Apesar da abertura de empresas e estandes de venda na maioria das cidades do país, a deterioração do quadro fiscal, do emprego e da renda não favorece a demanda”, observou a coordenadora.
Outros índices que subiram foi o indicador de demanda, com acrescimento de 13,5 pontos, totalizando 83,1 pontos; tendência dos negócios, que subiu 13,6 pontos e atingiu a marca de 83,5 pontos; nível de utilização da capacidade (Nuci) do setor, que está em 68,0%; Nuci de mão de obra, que subiu 6,6 pontos e chegou a 69,4% e Nuci de máquinas e equipamentos, que chegou a 61,4% após subir 4,6 pontos.
Para se ter uma noção do prejuízo do setor da construção, entre os meses de abril e maio, a queda no Índice de Nível de Atividade foi de 28,1 pontos, enquanto a recuperação de junho foi de somente 3,4 pontos.
Fonte: Jornal Opção